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Instituições de Ensino e Pesquisa discutem a Nova Lei da Biodiversidade em reunião

Sectet - seg, 18/06/2018 - 16:09
18/06/2018

Representantes de instituições paraenses de ensino e pesquisa reuniram-se nesta segunda-feira, 18, na Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) para discutir as implicações do novo marco legal da biodiversidade, o qual é amparado pela Lei nº Lei nº 13.123, de 2015, e pelo Decreto nº 8.772, de maio de 2016. A reunião foi estimulada pela própria Sectet devido ao término iminente do prazo para adequação, aos termos da nova Lei, daqueles que estudam, usam ou extraem recursos naturais ligados à cadeia da Biodiversidade.

O marco legal da Biodiversidade dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, sobre a proteção e ao acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e o uso sustentável da biodiversidade. Pesquisadores que desenvolveram estudo científico e tecnológico nessa área ou remeteram ao exterior amostra de patrimônio genético brasileiro ou divulgaram dados e informações que integram ou constituem conhecimento tradicional associado, devem efetuar, até o dia 06 de novembro deste ano, o cadastro na plataforma do Sistema Nacional de Gestão do Patrimônio Genético e do Conhecimento Tradicional Associado (SisGen), sob controle do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGen), a fim de regularizar suas pesquisas e evitar o pagamento de multas.

“Essa reunião é mais um passo fundamental para discutir e disseminar as implicações desse importante aparato legal que rege a cadeia da biodiversidade. Nossa maior preocupação é saber se todos os que serão afetados estão cientes desse cadastro no SisGen e averiguar as dificuldades enfrentadas para saber em que a Sectet pode ajudar”, explicou a secretária adjunta da Sectet, Maria Amélia Enriquez.

Durante a reunião, os pesquisadores pontuaram diversos problemas no processo de cadastramento no SisGen. “Há um volume muito amplo de informações para serem cadastradas e algumas ferramentas da plataforma, como a de ‘rascunho’, não facilitam o trabalho. Além disso, muitos pesquisadores dos campi das universidades espalhadas pelo Pará têm dificuldades para acessar a internet e isso atrasa o cadastro. Por isso, acho importante dilatar o prazo estipulado”, opinou o pesquisador da Universidade Federal do Pará, Alberto Arruda.

Já a pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ana Luisa Albernaz, afirmou que “mesmo com os dados corretos fornecidos, o Sistema não consegue criar um perfil adequado para as pesquisas da instituição a qual sou vinculada, pois as opções de classificação são inconsistentes e limitadas”.

Dentre os encaminhamentos, a Sectet se propôs a criar um Grupo de Trabalho composto com as principais instituições paraenses de ensino e pesquisa visando formalizar uma carta ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, com o objetivo de pontuar as dificuldades dos pesquisadores e pedir, dentre outras solicitações, a dilatação do prazo de cadastramento das pesquisas e o melhoramento da plataforma do SisGen.

Além disso, a Sectet estimulará a realização de eventos em parceria com as instituições locais para esclarecer a nova Lei da Biodiversidade e os procedimentos a serem tomados por aqueles que trabalham com a cadeia da biodiversidade. Um curso de capacitação já está sendo preparado pela Sectet, em parceria com o Sebrae, para o uso do SisGen, o qual deve ocorrer em agosto deste ano no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá).

Texto: Igor de Souza - ASCOM Sectet

 

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Décima edição da Revista Ver-a-Ciência já está disponível

Sectet - qua, 13/06/2018 - 13:53
Informações: 

 

Clique na imagem e tenha acesso à revista.

Já está disponível, na internet, a versão digital da décima edição da Revista Ver-a-Ciência. Publicado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), o periódico semestral é um dos eixos estruturantes da política de incentivo à disseminação e à popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação no Pará. A publicação traz informações a respeito de ações, projetos e eventos realizados entre os meses de janeiro a junho de 2018.

A entrevista, dessa vez, foi realizada com o diretor de educação profissional e tecnológica da Secretaria, Luís Blasques. Ao longo da seção, ele mostra os avanços e resultados do Programa Pará Profissional, além de explicar o que ainda será desenvolvido neste ano.

A matéria de capa aborda a inauguração do Espaço Empreendedor, um ambiente de 3.500 m² criado para estimular um espaço avançado de inovação em Belém. O local é destinado à instalação e ao desenvolvimento de empresas e startups dentro do complexo arquitetônico do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), somando-se a outros ambientes ali já construídos e em funcionamento.

Outra matéria desta edição destaca as ações e metas da Organização Social BioTec Amazônia, contratada pela Sectet, por meio de chamada pública, para gerir o programa paraense BioPará. Este incentiva o uso econômico sustentável e inovador da biodiversidade amazônica. A BioTec Amazônia corresponde a mais uma inovação na forma de gestão e governança dos recursos públicos dentro do estado, visando a eficiência e os resultados dos investimentos.

Outra pauta da revista é o Desafio InovaTur, ação realizada de forma conjunta entre a Secretaria de Estado de Turismo (Setur) e Sectet, em parceria com a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec) e o PCT Guamá. O Desafio teve o objetivo de encontrar soluções tecnológicas inovadoras para o desenvolvimento de projetos direcionados à promoção do estado do Pará enquanto destino turístico. As três propostas vencedoras foram conhecidas no dia 18 de maio dentro da programação da Feira do Empreendedor, organizada pelo Sebrae, no Hangar.

Já, na seção “Caso de Sucesso”, pode-se perceber como a Emater-Pará otimiza as atividades produtivas dos agricultores e suas famílias, além de estimular as iniciativas de agro-industrialização, na busca de processos tecnológicos adequados, melhoria de qualidade do alimento e expansão das oportunidades de geração de ocupação e renda e emprego, por meio do projeto “Frutificando Saberes e Sabores”.

 A revista ainda apresenta matérias sobre: o projeto “Sexta com Ciência”, que promove debates atuais e pertinentes sobre como a ciência, a tecnologia, a inovação e a qualificação profissional podem contribuir para o desenvolvimento do Pará, em especial das cadeias produtivas priorizadas pelo Plano Estratégico “Pará 2030”; o curso de especialização em Gestão em CT&I e EPT, ofertado a servidores públicos da área; a execução das atividades do projeto “Fortalecimento das cadeias produtivas da biodiversidade no município do Acará”, fruto de convênio entre Sectet e Ifpa-Castanhal.

Por fim, a seção “Memória” homenageia o geólogo, professor, diretor e membro da Academia Brasileira de Ciências, Roberto Dall’agnol, gaúcho que trabalha no Pará há 45 anos em favor do desenvolvimento da região amazônica.

Serviço: Esta e as outras edições da Revista Ver-a-Ciência estão disponíveis em http://www.veraciencia.pa.gov.br/

Por Fernanda Graim

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Desafio InovaTur premia propostas para alavancar o turismo no Pará

Sectet - qua, 13/06/2018 - 13:39
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Aplicativos, plataformas e jogos digitais que façam paraenses e turistas passear pelo Pará em suas mais diversas roupagens, seja o Pará de história e rica cultura, o de aventuras, o de belezas naturais ou de eventos profissionais e sociais. No total, nove propostas para alavancar o turismo no estado foram conhecidas durante a última etapa do Desafio InovaTur, ocorrida na noite desta sexta-feira (18), dentro da programação da Feira do Empreendedor, organizada pelo Sebrae, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

O Desafio InovaTur é uma ação conjunta das Secretarias de Estado de Turismo (Setur) e de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec) e o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá.

O secretário adjunto de turismo, Joy Colares enfatizou a necessidade de se valorizar o turismo como atividade geradora de renda para a população, além de divulgar o estado do Pará de uma forma mais atual. “A divulgação do turismo de forma tradicional, por meio de exposições em eventos da área, por exemplo, é muito dispendiosa, precisamos de soluções digitais, modernas. Iniciamos esta história na divulgação do turismo no Pará e é por isso que estamos aqui, precisamos que várias atividades e setores ganhem com o turismo”, explicou.

O Desafio, lançado em dezembro de 2017, foi aberto a estudantes, profissionais, entusiastas ou qualquer pessoa com interesse nos temas empreendedorismo e inovação com talento para o desenvolvimento de soluções inovadoras para alavancar o alcance promocional dos produtos e regiões turísticas do estado aos níveis regional, nacional e internacional; buscar novos modelos e soluções para a gestão do turismo no Pará; e promover o empreendedorismo na área.

Ao todo, 59 propostas foram recebidas, das quais 14 foram selecionadas para a fase de capacitações, sendo que apenas nove atenderam às regras para se apresentarem no dia da premiação,quando as equipes tiveram cinco minutos para expor oralmente suas propostas – o chamado pitch – a uma comissão formada por cinco jurados, representando as instituições organizadoras e parceiras.

A proposta intitulada “Bem-te-vi Pará” foi a grande campeã da noite. “A ideia é trabalhar como turismo de forma segmentada, o turismo está ainda muito disperso, algumas pessoas vêm ao Pará para um turismo ecológico, outras para um turismo de aventura, turismo de negócios, então pensamos em como fazer com que essas pessoas sejam bem atendidas. O objetivo do projeto é termos um aplicativo com um serviço personalizado de forma que sejam apresentados a cada pessoa pacotes turísticos de acordo como o perfil”, explicou um dos autores do projeto, Arley Pinheiro.

A comissão julgadora ainda elegeu em segundo lugar a proposta do “Zarpar Pará”, aplicativo para facilitar as informações a respeito do transporte hidroviário, gastronomia, pontos turísticos do Estado. Já, em terceiro lugar, ficou a proposta do aplicativo “Quero Saber”, que vai oferecer, por meio de QR Code, rotas personalizadas para o turista.

Os vencedores receberam uma premiação em dinheiro no valor de R$ 10.000, 00 (dez mil reais) para o primeiro colocado; R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o segundo; e R$ 3.000,00 (três mil reais) para o terceiro lugar. Além disso, os premiados ainda receberão três meses de hospedagem no Espaço de Coworking do PCT Guamá, com apoio e orientações para amadurecer as ideias.

Ao todo os proponentes selecionados passaram por três capacitações no processo de nivelamento. A primeira delas ocorreu no dia 26 de abril, na Setur, quando se abordou o Plano Estratégico de Turismo do Estado do Pará. A segunda ocorreu no dia 27 de abril, na sede da Sectet, e abordou o tema “Empreendedorismo e inovação”. Por fim, a última ocorreu nos dias 3 e 10 de maio, na sede da Universitec. Nessa última, os candidatos selecionados passaram por uma simulação do pitch.

Por Fernanda Graim

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FAP Entrevista: Maria Amélia Enríquez

Sectet - qua, 13/06/2018 - 13:37
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Por Germano Martiniano

A entrevistada desta semana da série FAP Entrevista é a economista Maria Amélia Rodrigues da Silva Enriquez. PhD em desenvolvimento sustentável pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília (UnB), professora e pesquisadora da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará e ex-presidente e atual Conselheira Fiscal da Sociedade Brasileira de Economia Ecológica (ECOECO), Maria Amélia já publicou cerca de 70 artigos em periódicos, capítulos de livro e jornais nacionais e internacionais. É autora do livro “Mineração: maldição ou dádiva? O dilema do desenvolvimento das regiões de base mineral (2007)”, que tem servido com referência para o debate sobre a temática da mineração e desenvolvimento local, em todo o Brasil. A entrevista faz parte de uma série que a FAP está publicando, aos domingos, com intelectuais e personalidades políticas de todo o Brasil, com o objetivo de ampliar o debate em torno do principal tema deste ano: as eleições.

Neste Dia das Mães, a economista respondeu para a FAP importantes questões sobre o papel da mulher na sociedade brasileira. “O Brasil evoluiu bastante em termos de direito das mulheres, principalmente quando comparamos com o cenário internacional, no caso, com os países asiáticos, africanos e o oriente médio. Porém, estamos longe do padrão dos países escandinavos”, analisa Maria Amélia Enríquez.

Maria Amélia Enríquez também conversou com a FAP sobre o tema da sustentabilidade, no qual é especialista. Na entrevista, a economista ressalta o fato dessa questão ser colocada à margem das principais questões da atualidade brasileira. “Existe uma visão de curto prazo que predomina em nossa política, tanto na pública quanto na privada, pois, de fato, todos ganham quando os princípios da sustentabilidade são respeitados”, avalia.  A economista acredita que as mudanças só devem ocorrer com mais investimentos em educação. “Isto apenas será possível se o tema educação virar uma prioridade nacional”, acredita. “A curto prazo, deve-se promover campanhas para erradicação do analfabetismo, pois ainda temos milhões de brasileiros iletrados, e também para o aumento da escolaridade de jovens”, avalia.

Confira a seguir, os principais trechos da entrevista de Maria Amélia Enríquez à FAP:

FAP – Hoje, Dia das Mães, como foi possível conciliar todas suas tarefas profissionais, domésticas e ainda ser mãe?
Maria Amélia Enríquez  – Desafiador, mas eu seria incompleta se tivesse sido diferente e só tem sido possível por causa do grande apoio que tenho recebido. Primeiramente do meu marido, que sempre me incentivou a seguir na profissão. Logicamente que isto significa compartilhar comigo as responsabilidades com as crianças, mas como ele também é um profissional, a ajuda da avó (minha mãe, a quem sou infinitamente grata), principalmente nas minhas ausências, me deu uma tranquilidade enorme para poder trabalhar em paz. Mas os filhos necessitam da presença da mãe, e daí temos que aprender a ‘tocar, simultaneamente, vários instrumentos’. Lembro-me de minha filha mais nova, quando me via ficar por horas trabalhando na tese, sentava na minha perna e dizia “mãe, troca o computador por um colinho”… aí não dá pra resistir. É muito importante ter um tempo de qualidade com os filhos, principalmente, quando são crianças, pois é na convivência que compartilhamos visão de mundo e de valores. Mas quando crescem, a presença atenta não deve ser menor. Daí sempre estarmos envolvidas em um grande dilema: de dar maior atenção aos filhos e ao lar e de focar no trabalho que nos exige tanto, mas que também nos realiza e dá grande prazer. Há que buscar equilibrar e distribuir a energia adequadamente, conforme o momento requeira.

A sociedade brasileira sempre carregou as marcas do paternalismo. Como a senhora avalia este quadro atualmente?
A sociedade brasileira evoluiu bastante em termos de direito das mulheres, principalmente, quando comparamos com o cenário internacional, no caso dos países asiáticos, africanos e o oriente médio, porém estamos longe do padrão dos países escandinavos, por exemplo. Nós, mulheres, somos a maioria da população brasileira (51,6%), estamos elevando significativamente nosso nível de escolaridade (há mais mulheres que homens com ensino superior completo ), mas ganhamos menos (em média, 75% do que os homens ganham); temos pouca expressão política (na Câmara, a representação feminina é de apenas 45 deputadas contra 468 homens e, no Senado, de apenas 11 de um total de 81 senadores, muito aquém da cota mínima estabelecida por lei de 30%). Muito embora esteja comprovado que as mulheres são grandes gestoras, os cargos de alto escalão, públicos ou privados, são predominantemente masculinos. Já assisti (envergonhada) eventos políticos em que a mesa de abertura era composta exclusivamente por mais de vinte homens, quando havia a opção de compartilhar com mulheres igualmente gabaritadas. Sem contar que a mulher ainda é vítima de feminicídio e de violências de toda ordem. Além dessa flagrante desigualdade de gênero, no Brasil, ela é muito mais grave quando esta se alia à diferença racial. A situação das mulheres negras é bem pior do que a das mulheres brancas. Sem dúvidas esse quadro é fruto de nossa herança patriarcal e escravocrata que ainda precisamos superar. É preciso ampliar nossa consciência coletiva sobre esta questão, a fim de que nós mulheres possamos ter mais protagonismo e, por conseguinte, colocar nossa prática em prol da edificação de país mais justo, seguro, bonito e feliz.

Alguns meses atrás, feministas francesas, lideradas pela atriz Catherine Deneuve, criticaram o movimento norte americano #MeToo, uma campanha contra o machismo e o assédio sexual, principalmente, em Hollywood. Segundo as francesas havia certo “puritanismo sexual” no movimento americano e que também colocava a mulher como um ser frágil, indefeso e sempre vítima da sociedade. Qual sua opinião?
O movimento #MeToo tem uma bandeira clara – o assedio sexual, que ficou muito em evidência após os escândalos de celebridades do mundo artístico e esportivo dos Estados Unidos. Não é preciso sofrer este tipo de violência para saber que ela marca para sempre a vida, gerando traumas profundos, o que impossibilita usufruir de uma vida plena. Portanto, não se pode menosprezar este tipo de dor. Creio que a atriz Catherine Deneuve não foi muito feliz em minimizar o problema. Uma coisa é um flerte insistente. Outra é uma pressão emocional e física. Há casos, inclusive, de suicídio, de jovens que não tem resiliência par suportar o assédio.

Quais são as mudanças que devem haver na sociedade brasileira para que as mulheres possam ter direitos realmente iguais? E como fazer para as mulheres ocuparem mais cargos políticos?
A principal mudança a ser feita é a cultural, principalmente, na mente de homens e também de mulheres, que tem perpetuado a cultura machista explícita ou implicitamente. Todavia, isso requer mudanças profundas que, necessariamente, só amadurecem no longo prazo, muito embora devam começar já. Mas, enquanto esta mudança não se materializa, é importante adotar mecanismos concretos que indiquem à sociedade qual o rumo deve tomar, por exemplo, a exigência do cumprimento e, inclusive, de expansão das cotas na política (chapa, cadeiras, fundo partidário, fundo eleitoral). É também importante conscientizar às empresas privadas sobre a importância de ampliarem a participação das mulheres em seus quadros também.

Elimar Nascimento, especialista em Desenvolvimento Sustentável, em entrevista à FAP disse que o tema da sustentabilidade ainda tem pouca força no debate político perto de temas como segurança, saúde, educação, emprego, por exemplo. Por que isso acontece, mesmo sabendo da importância da discussão?
Por causa da visão de curto prazo que predomina em nossa política, tanto a pública quanto a privada, pois, de fato, todos ganham quando os princípios da sustentabilidade são respeitados. Todavia, no curto prazo, mudar o atual modelo predatório implica em custo e requer a imposição de limites para não exaurir os recursos ecossistêmicos. Para criar e implantar tecnologias e sistemas de gestão adequados, que minimizem os impactos ambientais, tem de haver investimento, o que significa que o financiamento disto deve sair de algum ganho pretérito, que, por seu turno, vai conflitar com algum interesse. Originalmente considerado como “bens livres”, os recurso naturais tem sido, por séculos, a base do modelo de crescimento brasileiro, o que tem gerado um histórico de degradação ambiental. Para alterar essa lógica é necessário impor algum tipo de limite, como, por exemplo, restringir a expansão de áreas de pastagem, proteger biomas, limitar a expansão do cultivo de grãos e, ainda, restringir a emissão de gases poluentes, etc. O que, da mesma forma, gera enormes conflitos de interesses. O desafio então é ampliar a consciência para a superação da visão de curto prazo, que apenas vê o ganho imediato e é míope em relação às perdas que a insustentabilidade gera. É preciso ressaltar os benefícios da sustentabilidade, pois não tem como haver crescimento e tampouco desenvolvimento econômico sem a preservação da base da vida.

A economia brasileira, historicamente, caracterizou-se pelo seu papel global de exportadora de commodities de baixo valor agregado, concentradora de rendas e que agride de modo intenso a natureza. Como mudar este quadro?
Como premissa é preciso que fique claro que depender exclusivamente da exportação de commodities não é uma estratégia inteligente de desenvolvimento, por vários motivos: 1) porque a dinâmica econômica está fora do controle da economia nacional – qualquer mudança tecnológica, dos mercados globais e da política internacional pode afetar preços e provocar profundas crises do dia para noite; 2) a única forma de inovar produzindo commodities é no processo e na redução de custo, o que não favorece a demanda interna por ciência e tecnologia e, por conseguinte, pela demanda de pessoal qualificado, de talentos, de mente inovadora; 3) há muitos custos sociais e ambientais que não estão embutidos no preço final da commodity, restando à economia nacional arcar com essas externalidade negativas (impactos sociais e ambientais) e, o pior, sem a contrapartida de receitas tributárias, já que o Brasil isenta de impostos a exportação de produtos básicos e semi-elaborados (as commodities). Fico impressionada de ver como há defensores fervorosos deste modelo, sob a argumentação de que o Brasil deve aproveitar suas vantagens comparativas, já que tem vocação para isto, e tais exportações são indispensáveis para as contas externas do país. Mais uma vez, essa é uma visão míope, de curto prazo, que está presa nas garras dos superávits comerciais, a qualquer custo.

O que precisa ser feito, então? Que estratégia deve ser priorizada?
Assim, primeiramente, é preciso ter vontade politica para induzir a diversificação para uma economia que, além de commodities, vise a produção de bens e serviços de maior valor agregado, já que, em todo o mundo, é isto que constitui a chave para um autêntico desenvolvimento econômico. É preciso deixar claro que o modelo de commodities somente é hegemônico porque é altamente subvencionado. Se igual tratamento tributário fosse concedido à produção de bens de valor agregado, certamente o quadro seria distinto. Desta forma, é necessário fortalecer uma nova economia sustentável e baseada em conhecimento, com maior valor agregado, inclusão social e renda. É preciso transitar a uma estratégia que perceba o potencial de desenvolvimento endógeno para ampliação das oportunidades por meio do incentivo ao potencial de crescimento local. É preciso reduzir os custos e a burocracia para quem produz, gera empregos e recolhe impostos no país e investir maciçamente em capital humano e no fomento ao empreendedorismo inovador.

Em relatório do seminário “Desenvolvimento Sustentável e Inclusão Social”, realizado pela FAP em Brasília, foi destacado o papel da educação como meio e fim para uma sociedade mais sustentável. No entanto, mudanças estruturais na educação brasileira levam tempo. Existem mudanças que podem ser feitas a curto prazo, que possam criar mais sustentabilidade e inclusão social?
Há exemplos louváveis de mudanças nas formas de gestão e nos métodos de ensino, em todos os níveis e escalas da educação. Há que se apoiar e evidenciar esses exemplos para que possam adquirir escala. Vários Estados criaram seus planos, uns avançaram mais e outros menos. Porém estamos muito longe de ter uma educação de qualidade, e também em quantidade, que o país tanto necessita. Isto apenas será possível se o tema Educação virar uma prioridade nacional. No curto prazo, deve-se promover campanhas para erradicação do analfabetismo, pois ainda temos milhões de brasileiros iletrados, e para o aumento da escolaridade de jovens. É inaceitável que dois terços dos brasileiros na faixa etária de 15 e 29 anos não estudam; 1,5 milhão são jovens de 15 a 17 anos que deveriam estar cursando o Ensino Médio, mas estão fora da escola. O que podemos esperar de nossa juventude, quando permitimos que mais de 10 milhões de jovens entre 14 a 29 anos fiquem numa situação de “nem-nem”, nem estudam, nem trabalham? Pare estes jovens é preciso programas específicos de formação, mas que também os qualifiquem rapidamente tanto para inserção no mercado de trabalho como para o empreendedorismo inovador.

Qual dos candidatos a presidente até agora apresenta, em sua plataforma política, propostas consistentes para a questão da sustentabilidade?
Há uma profusão de candidatos, tanto figuras já conhecidas da política, quanto pouco conhecidos. Creio que apenas no debate poderemos avaliar melhor. Lamento que meu candidato, o Senador Cristóvam Buarque (PPS-DF), não vá concorrer às eleições para presidência da República, pois considero que suas propostas são as mais coerentes e necessárias, principalmente, neste momento atual que o país atravessa. Todavia, além do compromisso com os valores democráticos, com a justiça social e com a luta incessante contra a corrupção, é importante que o futuro presidente tenha claro uma agenda mínima que o país requer: 1) seriedade no trato com as finanças públicas, a crise econômica recente foi uma demonstração cabal de que não se pode baixar a guarda nesta área. O desequilíbrio fiscal gera inflação, consome o poder de compra, inibe investimentos, resulta em aumento do desemprego e da desigualdade, pois contas desequilibradas geram insegurança sobre a capacidade de financiamento das políticas sociais; 2) prioridade com a educação de qualidade, em todos os níveis, de Norte a Sul, com monitoramento permanente, sistema de avaliações, premiações e punições para os casos de não cumprimento das metas; 3) compromisso com a sustentabilidade e com o avanço de uma economia assentada no conhecimento, que é a real fonte de riqueza de qualquer sociedade. Para isso tem de aumentar os recursos para a área de Ciência, Tecnologia e Inovação, assim como promover maior aproximação da ciência com a produção e a gestão, além de 4) um sistema integrado de segurança pública que tenha o poder de minimizar a escalada da violência pela qual passa o país. É inconcebível que, entre 2005 a 2015, a vida de 318 mil jovens brasileiros tenha sido ceifada por assassinatos. Enfim, é preciso uma atitude ousada, mas franca e responsável, que possa mobilizar corações e mentes na edificação dos novos rumos que o pais deve seguir.

 

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Canaã recebe Encontro de Educação Profissional e Tecnológico

Sectet - qua, 13/06/2018 - 13:31
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Com a presença do vice-prefeito de Canaã dos Carajás, Alexandre Pereira, vereadores, secretários de governo, além de membros da sociedade, aconteceu, na manhã desta terça-feira (15), o 1º Encontro Estadual de Educação Profissional e Tecnológico da Região de Carajás. O objetivo foi debater sobre os aspectos mais relevantes do Programa Pará Profissional, como exercício e experiências de políticas públicas de Educação Profissional e Tecnológica para o desenvolvimento inter-regional, inclusão produtiva e oportunidades para o mundo do trabalho na Região de Integração.
O evento aconteceu no auditório da Aciacca (Associação Comercial e Industrial e Agropastoril de Canaã dos Carajás) e reuniu dezenas de pessoas. O vereador e também presidente da associação, Anderson Mendes, conhecido por sua luta em busca de melhorias para o desenvolvimento da cidade, esteve presente e falou acerca da importância do momento para a região.
“Devemos preparar as pessoas para o mercado de trabalho e buscar alternativas que vão além da mineração. Para isso, traremos mais cursos para serem ofertados pela Aciacca”, anunciou.
Em Canaã, mais de 80 pessoas já foram certificadas pelo Programa promovido pelo governo do Estado, que na ocasião esteve representado pela secretária-adjunta de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica, Maria Amélia Enriquez.

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Nova Lei da Biodiversidade é discutida em seminário

Sectet - qua, 13/06/2018 - 13:29
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Produtores, empresários paraenses, representantes de sindicatos e cooperativas regionais participaram do seminário “Nova Lei da Biodiversidade e acesso ao patrimônio genético: implicações para quem usa recursos florestais do Pará”. O evento ocorreu na quarta-feira (16), no Hangar, dentro da programação da Feira do Empreendedor 2018, iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) e do Sebrae no Pará. O objetivo foi prestar informações e esclarecer dúvidas sobre as implicações da Lei nº 13.123, de 2015, que junto com o Decreto nº 8.772, de maio de 2016, estabelece o novo Marco Legal da Biodiversidade.

O seminário contou com parceiros como: o Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos, Petroquímicos, Farmacêuticos e de Perfumaria e Artigos de Toucador do Estado do Pará (Sinquifarma) e a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec).

A secretária adjunta da Sectet, Maria Amélia Enriquez abriu o seminário falando da importância da cadeia da biodiversidade. “Ela é tão especial que criamos, no âmbito governamental, um programa específico voltado para trabalhar a agregação de valor às cadeias produtivas da biodiversidade estadual e regional, por meio de pesquisa e desenvolvimento e de prospecção de negócios inovadores no setor. O programa se chama BioPará e o nosso anseio é que ele transforme o Pará em uma referência internacional no setor da biodiversidade, e para isso, é fundamental conhecer o aparato legal que o rege” explicou.  

Em seguida, o analista do Sebrae, José Augusto Cantuária, apresentou os resultados do Projeto Estruturante Cosmético de Base Florestal da Amazônia finalizado em 2017  com o objetivo de estudar os aspectos limitantes da cadeia de cosmético na Amazônia para possibilitar melhorias e uma atuação de forma mais eficiente das micro e pequenas empresas do setor. Um dos resultados do projeto foi a elaboração de um vídeo e uma cartilha, com linguagem facilitada acerca dos conceitos trabalhados na Lei da Biodiversidade e sobre o sistema digital disponibilizado pelo Ministério do Meio Ambiente, o SisGen.

Lei

O Marco Legal da Biodiversidade dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético (entendido como a pesquisa ou desenvolvimento tecnológico realizado sobre amostra de patrimônio genético), sobre a proteção e ao acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e o uso sustentável da biodiversidade. No seminário, os detalhes da lei foram apresentados pelo professor e advogado, Luiz Marinello.

Ele abordou o sistema digital SisGen destacando a importância dele aos que trabalham com a cadeia da biodiversidade. “O cadastro na plataforma é obrigatório e deve ocorrer antes do processo de comercialização dos produtos oriundos da biodiversidade. Há sanções de até R$ 10 milhões para aqueles que não se cadastrarem”, alerta o advogado.

O produtor Raimundo Abreu, ligado à Cooperativa de Fruticultores de Abaetetuba (Cofruta), compareceu ao seminário e destacou a importância dele para o seu trabalho. “É um evento para buscar mais conhecimentos, principalmente no que diz respeito à repartição de benefícios com as comunidades, prevista em lei. Fiquei sabendo aqui, por exemplo, que existe modalidade de repartição de benefícios e, quando monetária, o pagamento será feito à União, por meio do Fundo Nacional de Repartição de Benefícios (FNRB)”, afirmou o produtor.

Os participantes do evento puderam, também, se inscrever previamente em um curso de capacitação que está sendo preparado pela Sectet para o uso do SisGen, o qual deve ocorrer em agosto deste ano no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá).

Por Igor de Souza

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1º Encontro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica

Sectet - qua, 13/06/2018 - 13:23
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Clique na imagem abaixo e confira o vídeo.

 

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Empresários da área de tecnologia da informação visitam o PCT Guamá

Sectet - qua, 13/06/2018 - 13:17
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Empresários paraenses do setor da Tecnologia da Informação (TI) conheceram as instalações do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, nesta quarta-feira (9). A visita foi mediada pela secretária adjunta da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), Maria Amélia Enríquez.

De acordo com a secretária, a proposta da visita foi apresentar aos empresários do ramo de TI, o potencial do PCT enquanto espaço ideal para pequenos e grandes negócios e parceiro em pesquisa e desenvolvimentos para aqueles empreendimentos que desejam inovar no setor. “Queremos, cada vez mais, fazer a articulação entre o Parque e os empresários, e uma visita como essa, com os empreendedores conhecendo as instalações do espaço presencialmente, fortalece esse objetivo”, destacou a secretária.

 Durante o encontro, os participantes visitaram o Laboratório Maker Fab Lab Belém, o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (Lasse), algumas startups residentes no parque e a organização social Bio Tec-Amazônia.

Um dos empresários presentes foi Emanuel Estumano, sócio da empresa Vibe Desenvolvimento, empreendimento que atua no setor desoftwares. De acordo com ele, a apresentação das instalações da Fundação Guamá é uma oportunidade para se pensar em outras possibilidades para o desenvolvimento da sua empresa.

“Conhecendo essas instalações, percebe-se como a relação entre pesquisas e o setor empresarial pode beneficiar o estado. As empresas locais podem se beneficiar conhecendo os serviços do PCT Guamá, até mesmo, se instalando nele”, considerou o empresário.

Colaboração (Texto): Paulo Henrique Gadelha.

Por Karina Martins

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Parceria

Sectet - qua, 13/06/2018 - 13:13
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Deficientes terão carteira com QR Code para assegurar direito ao transporte intermunicipal

Prodepa - ter, 12/06/2018 - 15:12
12/06/2018 - 15:00

A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Pará (Arcon) inicia, na próxima segunda-feira, 11 de junho, o recadastramento para emissão gratuita da nova carteira para portadores de deficiência. O documento terá a utilização de QR Code, diminuindo o número de falsificações e garantindo o acesso gratuito dos cerca de 40 mil usuários ao transporte intermunicipal de forma moderna e segura. 

O novo modelo de carteira é uma iniciativa pioneira nos estados brasileiros. As empresas poderão utilizar o QR Code para identificar os usuários cadastrados. “Se as informações desse cadastro aparecerem na leitura do QR Code é porque a carteira é válida. Dá essa segurança para a empresa e para a pessoa com deficiência, porque ela vai deixar de disputar a vaga com uma pessoa que não tem deficiência, o que muitas vezes ocorre por conta da falsificação”, pontua o diretor geral da Arcon, Bruno Guedes. 

A Empresa de Tecnologia, Informação e Comunicação do Estado (Prodepa) foi responsável pela criação do aplicativo e será responsável pela sistematização das informações recolhidas pela Secretaria de Estado de Saúde (Sespa). Além desses dois órgãos parceiros, a Arcon conta com o apoio do Plano Existir, do Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC), que fará a mobilização das pessoas com deficiência para que busquem o recadastramento.

“O direito já existe, a gratuidade. O que vai mudar é o documento, que essa pessoa com deficiência vai ter a obrigação de portar. Primeiro, uma junta médica da Sespa faz a perícia desse usuário, identifica que ele é um portador de deficiência. Depois, as informações são encaminhadas para a Prodepa, que nos repassa. Por fim, o documento é entregue pela Sespa”, explica.

Tecnologia acessível

O aplicativo que reúne as informações dos usuários é o Siga, e já está disponível nas plataformas para download. Não será preciso internet para acessar o aplicativo. “É importante frisar isso, porque sabemos que em algumas posições do Estado temos dificuldade de acesso à internet. Então a pessoa pode embarcar em qualquer lugar do Estado que o app vai funcionar”, informa. 

“O aplicativo vai ler o QR Code e descriptografar os dados, e a partir daí, reproduzir na tela as informações. Um processo que garante toda a segurança, porque todas as informações que estarão no QR Code terão que bater com as que, de fato, estarão na carteira. E isso dificulta uma fraude”, explica Alan Amaral, responsável pelo projeto.

“O grande diferencial desse aplicativo é que ele não traz a necessidade de estar on-line. Nem todos os municípios possuem internet. Mas, a Arcon, em qualquer município, mesmo distante, vai poder saber se o usuário, de fato, tem direito àquela gratuidade. E o aplicativo Siga vai possibilitar também à Arcon maior controle do número de usuários deficientes que utilizam o transporte intermunicipal. Vamos possibilitar uma gestão de todos os números”, destaca Evandro Paes, gerente de Engenharia de Sistemas da Prodepa.

O serviço é 100% custeado pela Arcon. Bruno Guedes conta que essa ação se deu a partir das reivindicações das associações e movimentos de pessoas com deficiência, que apontaram o alto índice de falsificação. Segundo essas organizações, muitos portadores de deficiência chegavam para embarcar e eram informados que já havia atingido o número destinado a estes usuários no transporte. “Chegamos à conclusão que precisávamos dar mais segurança. Identificamos que a segurança da informação era um dos principais motivos, então procuramos a Prodepa”, concluiu.  

Benefício ampliado

A carteirinha poderá ser usada tanto no transporte terrestre, quando no hidroviário, em todos os 144 municípios do Estado do Pará. Se for identificado, durante a avaliação da junta médica da Sespa, que o usuário precisa de auxílio para locomoção, essa informação irá para a carteirinha e a gratuidade se estenderá também ao acompanhante da pessoa portadora de deficiência.

O documento irá trazer, além do QR Code, a foto do beneficiário. Uma empresa terceirizada já foi contratada e está providenciando o software para a instalação do programa. O aplicativo será instalado nos celulares dos fiscais, cobradores e operadores.

O recadastramento dos deficientes que utilizam o transporte público começa em Barcarena, nesta segunda-feira. O calendário segue por outras cidades polo, entre elas Santarém, Marabá e Altamira. As novas carteiras devem ser entregues já no segundo semestre de 2018.

Por Syanne Neno

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Décima edição da Revista Ver-a-Ciência já está disponível

Sectet - sex, 08/06/2018 - 13:57
08/06/2018

Já está disponível, na internet, a versão digital da décima edição da Revista Ver-a-Ciência. Publicado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), o periódico semestral é um dos eixos estruturantes da política de incentivo à disseminação e à popularização da Ciência, Tecnologia e Inovação no Pará. A publicação traz informações a respeito de ações, projetos e eventos realizados entre os meses de janeiro a junho de 2018.

A entrevista, dessa vez, foi realizada com o diretor de educação profissional e tecnológica da Secretaria, Luís Blasques. Ao longo da seção, ele mostra os avanços e resultados do Programa Pará Profissional, além de explicar o que ainda será desenvolvido neste ano.

A matéria de capa aborda a inauguração do Espaço Empreendedor, um ambiente de 3.500 m² criado para estimular um ambiente avançado de inovação em Belém, na medida em que destinado à instalação e ao desenvolvimento de empresas e startups dentro do complexo arquitetônico do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), somando-se a outros ambientes ali já construídos e em funcionamento.

Outra matéria desta edição destaca as ações e metas da Organização Social BioTec Amazônia, contratada pela Sectet, por meio de chamada pública, para gerir o programa paraense BioPará, o qual incentiva o uso econômico sustentável e inovador da biodiversidade amazônica. A BioTec Amazônia corresponde a mais uma inovação na forma de gestão e governança dos recursos públicos dentro do estado, visando a eficiência e os resultados dos investimentos.

Mais uma pauta da revista é o Desafio InovaTur, ação realizada de forma conjunta entre Setur e Sectet, em parceria com a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec) e o PCT Guamá. O Desafio teve o objetivo de encontrar soluções tecnológicas inovadoras para o desenvolvimento de projetos direcionados à promoção do estado do Pará enquanto destino turístico. As três propostas vencedoras foram conhecidas no dia 18 de maio dentro da programação da Feira do Empreendedor, organizada pelo SEBRAE.

Já, na seção “Caso de Sucesso”, pode-se perceber como a Emater-Pará otimiza as atividades produtivas dos agricultores e suas famílias, além de estimular as iniciativas de agro-industrialização, na busca de processos tecnológicos adequados, melhoria de qualidade do alimento e expansão das oportunidades de geração de ocupação e renda e emprego, por meio do projeto “Frutificando Saberes e Sabores”.

A Revista ainda apresenta matérias sobre: o projeto “Sexta com Ciência”, que promove debates atuais e pertinentes sobre como a ciência, a tecnologia, a inovação e a qualificação profissional podem contribuir para o desenvolvimento do Pará, em especial das cadeias produtivas priorizadas pelo Plano Estratégico “Pará 2030”; o curso de especialização em Gestão em CT&I e EPT, ofertado a servidores públicos da área; a execução das atividades do projeto “Fortalecimento das cadeias produtivas da biodiversidade no município do Acará”, fruto de convênio entre SECTET e IFPA-Castanhal.

Por fim, a seção “Memória” homenageia o geólogo, professor, diretor e membro da Academia Brasileira de Ciências, Roberto Dall’agnol, gaúcho que trabalha no Pará há 45 anos em favor do desenvolvimento da região amazônica.

Serviço: Esta e as outras edições da Revista Ver-a-Ciência estão disponíveis AQUI.

Texto: Fernanda Graim – Ascom/Sectet

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Secretário do Ministério da Ciência e Tecnologia visita o PCT Guamá em Belém

Sectet - qui, 07/06/2018 - 14:39
07/06/2018

O secretário Nacional de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Álvaro Prata, visitou o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá nesta quarta-feira (6). Durante o encontro, Álvaro Prata passou pelo Laboratório de Engenharia Biológica (Engebio), pelo Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia e pelo Laboratório de Óleos da Amazônia e conheceu as atividades propostas e realizadas por essas unidades de pesquisa.

No auditório do Espaço Inovação, o secretário ministrou a palestra “Possibilidades de Apoio do MCTIC às Instituições de Educação Superior e de Pesquisa no Estado do Pará”, na qual destacou a importância da relação entre educação, inovação e ciência.

“Não podemos nunca descuidar da importância do investimento na educação, pois isso sempre gera grandes frutos. É preciso avançar constantemente na produção do conhecimento com inovação e oferecer condições para que a sociedade evolua. Não há ciência sem educação e não há tecnologia sem ciência, bem como não existe inovação sem tecnologia. Essa relação é uma cadeia, um processo constante”, destacou Prata.

Durante a manhã, no Espaço Empreendedor do PCT Guamá, Álvaro Prata teve reunião técnica com a equipe da BioTec Amazônia e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet). Na ocasião, o titular do órgão, Alex Fiúza de Mello, fez a apresentação do trabalho que o Governo do Pará vem desenvolvendo na área de ciência, tecnologia, inovação e qualificação profissional no estado, no sentido de criar bases legais e estruturais para a consolidação das políticas públicas paraenses na área.

O secretário enfatizou a importância de saber usar os aparatos científicos e tecnológicos, no intuito de potencializar as cadeias produtivas paraenses, enfatizando o uso sustentável dos recursos naturais. “Na Amazônia, o uso da biodiversidade tem uma perspectiva estratégica, temos que ter total atenção com o uso inteligente, gerando uma economia sustentável”, explicou.

Durante a reunião, o consultor da BioTec Amazônia, Israel Ferfeman, apresentou o planejamento estratégico da organização social, suas estratégias, desafios e perspectivas. A BioTec-Amazônia foi selecionada, no final de 2017, por meio de edital de chamamento público, para gerir o programa paraense de incentivo ao uso sustentável da biodiversidade amazônica, o BioPará.

Considera-se “gestão do BioPará” um sistema inteligente de governança, voltado ao estímulo e apoio ao planejamento e desenvolvimento de uma economia dinâmica, fundada no uso sustentável da biodiversidade, com a devida e adequada base científica e tecnológica.

Estiveram presentes na reunião: Seixas Lourenço (diretor presidente), Sibele Caetano (diretora Administrativo-Financeira), Manoel Tourinho (assessor técnico), Luiz Antônio Barreto de Castro (consultor), Israel Ferfeman (consultor), Hélio Gomes (Inteligência Competitiva) e Sérgio Alves (assessor técnico) pela BioTec. Além de Alex Fiúza de Mello (secretário de Estado), Maria Amélia Enriquez (secretária adjunta), Marco Antonio Silva Lima (diretor de Ciência e Tecnologia) e Luiz Carlos Macedo Blasques (diretor de Educação Profissional e Tecnológica) pela Sectet.

Texto: Fernanda Graim (Ascom/Sectet) com informações da Ascom/PCT Guamá

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Sectet realiza Encontros de Educação Profissional em maio e programa os de junho

Sectet - ter, 22/05/2018 - 10:07
18/05/2018

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), realizou, em maio, mais três edições do “1º Encontro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica”. O objetivo da Sectet ao realizar o evento em cada uma das 12 Regiões de Integração do estado é discutir, de forma conjunta, a execução do Programa Pará Profissional como experiência de política pública para o desenvolvimento inter-regional, por meio da qualificação profissional.

No dia 3 de maio, a equipe da Secretaria realizou o Encontro na Região Rio Caeté, tendo Bragança como sede. Em seguida, no dia 15, foi a vez da Região de Carajás receber o evento, sendo Canaã dos Carajás o município sede. Já, em 17 de maio, o debate se deu na Região Araguaia, onde a sede foi Xinguara.

Uma das principais abordagens do Encontro é disseminar a conscientização da importância em agregar conhecimento, destacando os benefícios de uma boa qualificação profissional e de como é determinante estar atualizado no que diz respeito às possibilidades de ser capacitado para o mercado de trabalho.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad) Contínua, e os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Pará atingiu de janeiro a março de 2018, a taxa de 458 mil pessoas desempregadas.

Com base nisso, vale ressaltar que a qualificação é a válvula propulsora para alcançar um emprego. O Programa Pará Profissional busca influenciar positivamente os jovens e adultos que residem nas regiões de integração do estado, dando a eles a chance de receber por meio do conhecimento, qualificação para que possam ser contratados por empresas sérias ou mesmo adquiram conhecimento e experiência para desenvolverem o próprio negócio.

O ciclo de Encontros iniciou em abril, e abrangeu duas regiões de integração. O primeiro foi realizado na Região Lago de Tucuruí, tendo como sede o município de Tucuruí, e o segundo na região Rio Capim, sendo o município de Ulianópolis a sede do evento.

Em junho, ocorrem os Encontros referentes às demais Regiões de Integração. No dia 8 de junho, será realizado o do Baixo Amazonas e Tapajós, tendo Santarém como sede. Já, no dia 13, é a vez do Marajó, onde a sede será Breves e do Xingu, que ocorrerá em Brasil Novo. Por fim, no dia 26, serão contempladas as Regiões do Guajará, Guamá e Tocantins, tendo sede em Belém.

Pará Profissional - O programa Pará Profissional foi instituído pela Lei no 8.427, de 16 de novembro de 2016, descrito como um dos principais instrumentos de superação das desigualdades inter-regionais, com a finalidade de ofertar educação profissional e tecnológica nas diversas modalidades a fim de consolidar, ampliar e verticalizar as cadeias produtivas aos eixos prioritários de desenvolvimento no Estado. A coordenação do programa foi determinada à Sectet.

Texto: Maryane Brito (Ascom/Sectet)

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Desafio InovaTur premia propostas para alavancar o turismo no Pará

Sectet - seg, 21/05/2018 - 09:22
21/05/2018

Aplicativos, plataformas e jogos digitais que façam paraenses e turistas passear pelo Pará em suas mais diversas roupagens, seja o Pará de história e rica cultura, o de aventuras, o de belezas naturais ou de eventos profissionais e sociais. No total, nove propostas para alavancar o turismo no estado foram conhecidas durante a última etapa do Desafio InovaTur, ocorrida na noite desta sexta-feira (18), dentro da programação da Feira do Empreendedor, organizada pelo Sebrae, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

O Desafio InovaTur é uma ação conjunta das Secretarias de Estado de Turismo (Setur) e de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec) e o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá.

O secretário adjunto de turismo, Joy Colares enfatizou a necessidade de se valorizar o turismo como atividade geradora de renda para a população, além de divulgar o estado do Pará de uma forma mais atual. “A divulgação do turismo de forma tradicional, por meio de exposições em eventos da área, por exemplo, é muito dispendiosa, precisamos de soluções digitais, modernas. Iniciamos esta história na divulgação do turismo no Pará e é por isso que estamos aqui, precisamos que várias atividades e setores ganhem com o turismo”, explicou.

O Desafio, lançado em dezembro de 2017, foi aberto a estudantes, profissionais, entusiastas ou qualquer pessoa com interesse nos temas empreendedorismo e inovação com talento para o desenvolvimento de soluções inovadoras para alavancar o alcance promocional dos produtos e regiões turísticas do estado aos níveis regional, nacional e internacional; buscar novos modelos e soluções para a gestão do turismo no Pará; e promover o empreendedorismo na área.

Ao todo, 59 propostas foram recebidas, das quais 14 foram selecionadas para a fase de capacitações, sendo que apenas nove atenderam às regras para se apresentarem no dia da premiação,quando as equipes tiveram cinco minutos para expor oralmente suas propostas – o chamado pitch – a uma comissão formada por cinco jurados, representando as instituições organizadoras e parceiras.

A proposta intitulada “Bem-te-vi Pará” foi a grande campeã da noite. “A ideia é trabalhar como turismo de forma segmentada, o turismo está ainda muito disperso, algumas pessoas vêm ao Pará para um turismo ecológico, outras para um turismo de aventura, turismo de negócios, então pensamos em como fazer com que essas pessoas sejam bem atendidas. O objetivo do projeto é termos um aplicativo com um serviço personalizado de forma que sejam apresentados a cada pessoa pacotes turísticos de acordo como o perfil”, explicou um dos autores do projeto, Arley Pinheiro.

A comissão julgadora ainda elegeu em segundo lugar a proposta do “Zarpar Pará”, aplicativo para facilitar as informações a respeito do transporte hidroviário, gastronomia, pontos turísticos do Estado. Já, em terceiro lugar, ficou a proposta do aplicativo “Quero Saber”, que vai oferecer, por meio de QR Code, rotas personalizadas para o turista.

Os vencedores receberam uma premiação em dinheiro no valor de R$ 10.000, 00 (dez mil reais) para o primeiro colocado; R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o segundo; e R$ 3.000,00 (três mil reais) para o terceiro lugar. Além disso, os premiados ainda receberão três meses de hospedagem no Espaço de Coworking do PCT Guamá, com apoio e orientações para amadurecer as ideias.

Ao todo os proponentes selecionados passaram por três capacitações no processo de nivelamento. A primeira delas ocorreu no dia 26 de abril, na Setur, quando se abordou o Plano Estratégico de Turismo do Estado do Pará. A segunda ocorreu no dia 27 de abril, na sede da Sectet, e abordou o tema “Empreendedorismo e inovação”. Por fim, a última ocorreu nos dias 3 e 10 de maio, na sede da Universitec. Nessa última, os candidatos selecionados passaram por uma simulação do pitch.

Texto: Fernanda Graim (Ascom/Sectet) 

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Pecuária sustentável é tema da quarta edição do “Sexta com Ciência”

Sectet - sex, 18/05/2018 - 13:26
18/05/2018

Promover uma discussão a respeito de assuntos concernentes à pecuária sustentável no Pará, e como as ferramentas tecnológicas podem contribuir para otimizar os recursos pecuaristas e dar suporte a quem trabalha no setor. Esse foi o principal objetivo do debate ocorrido, na manhã desta sexta-feira (18), na sede da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), em Belém, que configurou a realização da quarta edição do projeto “Sexta com Ciência”, organizado pelo órgão.

O “Sexta com Ciência” se caracteriza como uma série de debates sobre temas importantes que visam o desenvolvimento do Pará a partir do espírito inovador, da prática científica e do uso da tecnologia em favor da redução das desigualdades sociais.

A quarta edição do evento reuniu servidores públicos, instituições parceiras, pesquisadores da área, empresários, representantes da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), da Universidade Federal do Pará (UFPA), da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), do Sindicato de Produtores de Carne e Derivados e outras entidades ligadas ao setor pecuarista.

A pecuária sustentável destaca-se como uma das cadeias estratégicas dentro do plano de desenvolvimento do Estado, denominado Pará 2030. Durante o evento, a adjunta da Sectet, Maria Amélia Enríquez, mostrou os números relacionados à pecuária no Pará. De acordo com dados da Adepará, o rebanho paraense já supera os 22 milhões, sendo o 3º maior efetivo do país.

Além disso, a cadeia da pecuária está presente em todos os municípios paraenses, sendo que em 52 deles se destaca como uma das atividades econômicas predominantes. Em 2014, o estado do Pará conquistou a Certificação Internacional de Área Livre de Aftosa por meio da vacinação e, com isso, os produtores paraenses passaram a ter acesso a novos mercados nacionais e internacionais.

Entretanto, é necessário pensar em formas de melhorar a qualidade do rebanho paraense e aumentar a produtividade, acima de tudo de forma sustentável. Nesse ponto, o foco da discussão foi observar quais são os aparatos tecnológicos e inovadores que podem contribuir para que o Pará alcance esse objetivo.

Para a pesquisadora da Embrapa, Luciana Brito, o momento atual, no Brasil e no mundo, exige uma pecuária sustentável. “Essa sustentabilidade é tanto econômica, quanto ambiental e social, então precisamos de todo o suporte tecnológico para o setor pecuário para que tenha um bom alicerce e que, cada vez mais, ganhe mercado, mas mercado de qualidade, não de quantidade, esses mercados, que estão em um patamar superior, exigem que estejamos totalmente alinhados ambientalmente e socialmente para termos os ganhos econômicos vindos da atividade”, enfatizou.

A construção de uma atividade pecuarista sustentável no Estado perpassa pelo planejamento do uso do solo e restauração florestal de áreas desmatadas ilegalmente ou que não têm aptidão agropecuária. O desenvolvimento da cadeia traz sinergias ambientais e socioeconômicas e é a chave para o crescimento econômico do Pará.

Nesse sentido, a professora da UFRA e coordenadora do grupo Grupo de Estudos em Pecuária Sustentável na Amazônia, Natália Barbosa, observou que há uma demanda cada vez mais urgente pela melhoria da pecuária paraense. Ela apontou alguns desafios, em termos de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), para esse avanço, entre eles a necessidade do fomento à manutenção de equipamentos; da aproximação entre a academia e o setor produtivo; de estimular a inovação e registros de patentes e softwares; além de estabelecer o Pará como centro inovador na Pecuária.

Para a professora, debates como os organizados pela Sectet “são fundamentais para haver o alinhamento das ideias e uma atuação de forma conjunta para solucionar os problemas, em vez de ter várias ações pulverizadas, concentramos os esforços e realizamos uma ação realmente impactante, é fundamental a Secretaria promover isso”.

O representante do Sindicato de Produtores de Carne e Derivados, Daniel Freire, concordou e enfatizou a necessidade de se buscar sempre o melhoramento do rebanho. “O pecuarista evoluiu e melhorou muito geneticamente em peso, porém em qualidade ainda precisa atingir um nível melhor, por isso a sinergia desses debates é muito importante”, pontuou. 

Aparato Tecnológico

No que diz respeito à contribuição da Ciência, Tecnologia e Inovação para a melhoria da qualidade do rebanho, destaca-se que o estado do Pará já dispõe de instituições e equipamentos necessários para apoiar a cadeia da pecuária a dar este salto tecnológico e qualitativo tão necessário. Além das Universidades públicas – Ufra, Uepa UFPA e IFPA – e Centros de Pesquisa, como a Embrapa, o Estado tem um arcabouço legal e espaços de inovações, como o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá.

O PCT é o primeiro parque tecnológico da Amazônia, com laboratórios qualificados, tanto para auxiliar no melhoramento genético da produção animal, na melhoria dos insumos para aprimoramento da qualidade da carne, como no aperfeiçoamento e qualificação da produção leiteira, devido à instalação, em 2017, do laboratório da qualidade do leite, preparado para certificar o leite produzido na Região Norte, além de realizar outros serviços importantes para a criação de estratégias de agregação de valor ao leite, com a diversificação e adensamento de valor na produção.

Texto: Fernanda Graim (Ascom/Sectet)

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Nova Lei da Biodiversidade é discutida em Seminário na Feira do Empreendedor 2018

Sectet - qui, 17/05/2018 - 16:02
17/05/2018

A manhã desta quarta-feira, 16, reservou um grande debate acerca do novo marco legal da biodiversidade, o qual é amparado pela Lei nº Lei nº 13.123, de 2015, e pelo Decreto nº 8.772, de maio de 2016. Diversos produtores e empresários paraenses e representantes de sindicatos e cooperativas regionais compareceram ao seminário “Nova Lei da Biodiversidade e acesso ao patrimônio genético: implicações para quem usa recursos florestais do Pará”, com o objetivo de conhecer a Lei e esclarecer as dúvidas sobre as implicações que ela traz a todos que estudam, usam ou extraem recursos naturais ligados à cadeia da Biodiversidade.

O evento ocorreu no Hangar, durante a programação da Feira do Empreendedor 2018, e surgiu a partir de uma iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) e do Sebrae no Pará. A realização do Seminário contou com diversos parceiros, entre eles o Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos, Petroquímicos, Farmacêuticos e de Perfumaria e Artigos de Toucador do Estado do Pará (Sinquifarma) e a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec).

“A cadeia da Biodiversidade é tão especial que criamos, no âmbito governamental, um programa específico voltado para trabalhar a agregação de valor às cadeias produtivas da biodiversidade estadual e regional, por meio de pesquisa e desenvolvimento e de prospecção de negócios inovadores no setor. O programa se chama BioPará e o nosso anseio é que ele transforme o Pará em uma referencia internacional no setor da Biodiversidade, e, para isso, é fundamental conhecer o aparato legal que o rege” explicou a secretária adjunta da Sectet, Maria Amélia Enriquez, que abriu a programação do seminário.

Em seguida o analista do Sebrae, José Augusto Cantuária, apresentou os resultados do Projeto Estruturante Cosmético de Base Florestal da Amazônia, o qual finalizou em 2017 e teve como objetivo estudar os  aspectos limitantes da cadeia de cosmético na Amazônia para possibilitar melhorias e uma atuação de forma mais eficiente das micro e pequenas empresas do setor. Um dos resultados do projeto foi a elaboração de um vídeo e uma cartilha, com linguagem facilitada, acerca dos conceitos trabalhados na Lei da Biodiversidade e sobre o sistema digital disponibilizado pelo Ministério do Meio Ambiente, o SisGen.

A Lei – O marco legal da Biodiversidade dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético (entendido como a pesquisa ou desenvolvimento tecnológico realizado sobre amostra de patrimônio genético), sobre a proteção e ao acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e o uso sustentável da biodiversidade. No Seminário, os detalhes da Lei foram apresentados pelo professor e advogado, Luiz Marinello.

Dentre os assuntos, Marinello falou sobre o sistema digital SisGen, destacando a importância dele aos que trabalham com a cadeia da biodiversidade. “O cadastro na plataforma é obrigatório e deve ocorrer antes do processo de comercialização dos produtos oriundos da biodiversidade. Há sanções de até 10 milhões de reais para aqueles que não se cadastrarem”, alerta o advogado. 

O produtor Raimundo Abreu, ligado à Cooperativa de Fruticultores de Abaetetuba (COFRUTA), compareceu ao Seminário e destacou a importância dele para seu trabalho. “É um evento para buscar mais conhecimentos, principalmente no que diz respeito à repartição de benefícios com as comunidades, prevista em Lei. Fiquei sabendo aqui, por exemplo, que existe modalidade de repartição de benefícios e, quando monetária, o pagamento será feito à União, por meio do Fundo Nacional de Repartição de Benefícios (FNRB)”, afirmou o produtor.

Os participantes do Seminário puderam, também, se inscrever previamente em um curso de capacitação que está sendo preparado pela Sectet para o uso do SisGen, o qual deve ocorrer em agosto deste ano no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá). 

Texto: Igor de Souza – Ascom Sectet

 

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Desafio InovaTur premia propostas inovadoras para o turismo no Pará

Sectet - sex, 11/05/2018 - 11:21
11/05/2018

Na próxima sexta-feira (18), serão conhecidas as propostas vencedoras do Desafio InovaTur, ação conjunta das Secretarias de Estado de Turismo (Setur) e de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), em parceria com a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec) e o Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, para buscar soluções inovadoras à promoção do estado do Pará enquanto destino turístico.

O Desafio foi aberto a estudantes, profissionais, entusiastas ou qualquer pessoa com interesse nos temas empreendedorismo e inovação com talento para o desenvolvimento de soluções inovadoras para alavancar o alcance promocional dos produtos e regiões turísticas do estado aos níveis regional, nacional e internacional; buscar novos modelos e soluções para a gestão do turismo no Pará; e promover o empreendedorismo na área.

Ao todo, 59 propostas foram recebidas, das quais 14 foram selecionadas para a fase de capacitações, sendo que 11 atenderam às regras para se apresentarem no dia da premiação, quando as equipes vão expor oralmente suas propostas à Comissão Julgadora. Os três melhores projetos serão premiados com o valor de R$ 10.000, 00 (dez mil reais) para o primeiro colocado; R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para o segundo; e R$ 3.000,00 (três mil reais) para o terceiro lugar. Os candidatos premiados ainda receberão três meses de hospedagem no Espaço de Coworking do PCT Guamá, com apoio e orientações para amadurecer as ideias.

Ao todo os proponentes selecionados passaram por três capacitações no processo de nivelamento. A primeira delas ocorreu no dia 26 de abril, na Setur, quando se abordou o Plano Estratégico de Turismo do Estado do Pará. A segunda ocorreu no dia 27 de abril, na sede da Sectet, e abordou o tema “Empreendedorismo e inovação”. Por fim, a última ocorreu nos dias 3 e 10 de maio, na sede da Universitec. Nessa última, os candidatos selecionados passaram por uma simulação do pitch.

Serviço: O pitch e a premiação ocorrerão no dia 18 de maio, às 17 horas, na sala multiuso 10 do Hangar, durante a programação da Feira do Empreendedor 2018, realizada pelo Sebrae.

Texto: Fernanda Graim (Ascom/Sectet)

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Seminário abordará a nova Lei da Biodiversidade e o acesso ao patrimônio genético

Sectet - sex, 11/05/2018 - 08:44
11/05/2018

O novo marco legal da biodiversidade, amparado pela Lei nº 13.123, de 2015, e pelo Decreto nº 8.772, de maio de 2016, trouxe sérias implicações a todos que estudam, usam ou extraem recursos naturais ligados à cadeia da Biodiversidade, especialmente que tenham relação ao acesso ao patrimônio genético. Para contextualizar e debater sobre o tema, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) realizará na próxima quinta-feira, 17, das 9h às 13h, o Seminário “Nova Lei da Biodiversidade e acesso ao patrimônio genético: implicações para quem usa recursos florestais do Pará”.

O evento é destinado a produtores, empresários e representantes sindicais que lidam com empresas de fármacos, de alimentos, de extração madeireira, por exemplo, além de pesquisadores e demais interessados na temática sobre o acesso ao patrimônio genético. A realização do Seminário conta com diversos parceiros, entre eles o Sebrae no Pará, o Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos, Petroquímicos, Farmacêuticos e de Perfumaria e Artigos de Toucador do Estado do Pará (Sinquifarma) e a Agência de Inovação Tecnológica da UFPA (Universitec).

A Lei – O marco legal da Biodiversidade dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético (entendido como a pesquisa ou desenvolvimento tecnológico realizado sobre amostra de patrimônio genético), sobre a proteção e ao acesso ao conhecimento tradicional associado e sobre a repartição de benefícios para conservação e o uso sustentável da biodiversidade. De acordo com a Lei, a remessa e o envio de amostra que contenha patrimônio genético para prestação de serviços no exterior deverão ser cadastradas em um sistema digital disponibilizado pelo Ministério do Meio Ambiente, o SisGen.

O seminário se dará a partir de um grande debate sobre o tema e sobre a plataforma criada, com consultores locais e nacionais de diversas instituições, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Museu Paraense Emílio Goeldi.  

“Com a criação do Programa BioPará, passamos a fazer mapeamentos tecnológicos da cadeia produtiva da Biodiversidade no Pará. Observamos, então, lacunas no que diz respeito ao entendimento do novo marco legal da Biodiversidade. Muitos, por exemplo, podem cometer infrações e estarem sujeitos a multas caras por terem dificuldades em lidar com a plataforma de cadastro criada. Por isso que, a partir deste Seminário que estamos realizando, iremos elaborar um curso de capacitação para usar a plataforma criada, o qual deve ocorrer ainda este semestre no Espaço Inovação do PCT Guamá”, complementa a secretária adjunta da Sectet, Maria Amélia Enriquez.  

Serviço: O evento é gratuito e compõe a programação da Feira do Empreendedor 2018, que ocorrerá do dia 16 a 19 deste mês, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.

Texto: Igor de Souza (Ascom/Sectet)

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PCT Guamá

Sectet - qui, 10/05/2018 - 13:21
10/05/2018

Empresários da área de tecnologia da informação visitam o PCT Guamá

Empresários paraenses do setor da Tecnologia da Informação (TI) conheceram as instalações do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, nesta quarta-feira (9). A visita foi mediada pela secretária adjunta da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), Maria Amélia Enríquez.

De acordo com a secretária, a proposta da visita foi apresentar aos empresários do ramo de TI, o potencial do PCT enquanto espaço ideal para pequenos e grandes negócios e parceiro em pesquisa e desenvolvimentos para aqueles empreendimentos que desejam inovar no setor. “Queremos, cada vez mais, fazer a articulação entre o Parque e os empresários, e uma visita como essa, com os empreendedores conhecendo as instalações do espaço presencialmente, fortalece esse objetivo”, destacou a secretária.

 Durante o encontro, os participantes visitaram o Laboratório Maker Fab Lab Belém, o Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações, Automação e Eletrônica (Lasse), algumas startups residentes no parque e a organização social Bio Tec-Amazônia.

Um dos empresários presentes foi Emanuel Estumano, sócio da empresa Vibe Desenvolvimento, empreendimento que atua no setor de softwares. De acordo com ele, a apresentação das instalações da Fundação Guamá é uma oportunidade para se pensar em outras possibilidades para o desenvolvimento da sua empresa.

“Conhecendo essas instalações, percebe-se como a relação entre pesquisas e o setor empresarial pode beneficiar o estado. As empresas locais podem se beneficiar conhecendo os serviços do PCT Guamá, até mesmo, se instalando nele”, considerou o empresário.

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Rio Caeté recebe Encontro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica

Sectet - seg, 07/05/2018 - 10:00
07/05/2018

Na manhã da última quinta-feira (3), a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet) realizou mais um “Encontro Estadual de Educação Profissional e Tecnológica”. Desta vez, o evento ocorreu na Região Rio Caeté, tendo o município de Bragança como sede.

A região é a terceira a receber o ciclo de encontros que iniciou no dia 24 de abril na região Lago de Tucuruí, município de Tucuruí, e dia 26 de abril na região Rio Capim, no município de Ulianópolis.

Os encontros têm como principal intuito a discussão sobre a execução do Programa Pará Profissional como exercício e experiência de política pública de Educação Profissional e Tecnológica, bem como disseminar, nas 12 regiões de integração que agregam o estado, os benefícios de uma boa qualificação profissional e como é determinante estar sempre buscando novas oportunidades de capacitação para quem almeja uma vaga de emprego ou mesmo empreender.

O evento, que ocorreu no auditório do Senai, contou com a presença do diretor de Educação Profissional e Tecnológica da Sectet, Luís Blasques;  da coordenadora do Programa na Secretaria, Sônia Mendes; de representantes  da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL); do Sindicato dos Armadores de Pesca; do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar); do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac); do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai); das Associações locais; bem como de representantes dos municípios de Bragança, Augusto Corrêa, Capanema e Salinópolis.

O próximo encontro ocorrerá na região de Carajás no dia 15 de maio, e terá como sede o município de Canaã dos Carajás.

Certificações

 Certificação em Augusto Corrêa

Na visita à região Rio Caeté, foram realizadas certificações dos concluintes dos cursos do Programa Pará Profissional já realizados na região. No total, foram certificados 56 concluintes no município de Bragança, distribuídos nas turmas dos respectivos cursos: 19 egressos do curso de Design de Mechas, 23 do curso de Camareira - Técnicas de Limpeza e Arrumação e 14 do curso de Mecânico Manutenção de Motores Marítimos. A certificação ocorreu ainda na quinta-feira (3).

Dando continuidade à entrega dos certificados, na manhã de sexta-feira (4), no município de Augusto Corrêa, foram certificados 25 concluintes, sendo 10 da turma de Garçom e Garçonete e 15 da turma de Camareira - Técnicas de Limpeza e Arrumação.

As certificações contaram com as presenças de representantes da Sectet, das prefeituras de Bragança e Augusto Corrêa, do Senac, do Senai, da Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), da Associação Comercial e do Sindicato de Armadores de Pesca da região.

Texto: Maryane Brito (Ascom/Sectet)

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